Muitos
adultos de hoje começaram a ver desenhos graças a Hanna Barbera. Esse
estúdio criou séries clássicas ao longo de sua história.
Tudo
começou quando os cartunistas William Hanna e Joseph Barbera se
conheceram na Metro Goldwin Mayer (MGM). O primeiro trabalho da dupla na
MGM foi o curta animado “Puss Gets Boot”, em 1940. Logo depois a
animação transformou – se no famoso “Tom e Jerry”. Após terem seus
currículos ignorados pelo Sr. Walt Disney (que na época havia prometido
contratar os dois) eles decidiram formar a Hanna Barbera. A produtora,
além de vários clássicos, também criou muitos super heróis. No desenho
“Os Superamigos”, introduziu a dupla “Os Super Gêmeos”. O estúdio também
foi o responsável por ser o primeiro a produzir uma animação do
Quarteto Fantástico (que foi chamada de “Os 4 Fantásticos”). Mas também
havia outros tantos heróis, inclusive alguns animais.
Hong Kong Fu (1974)
– Ninguém desconfia que o faxineiro Penry seja, na verdade, um lutador
de kung fu que está sempre pronto para deter o crime. Trabalhando na
delegacia, está constantemente “ligado” na criminalidade que rola na
cidade. Quando precisa entrar em ação, ele passa por uma passagem
secreta, entra na última gaveta de um fichário e está pronto! Hong Kong
Fu tem sempre junto com ele o seu fiel parceiro, o gato China.
A Tartaruga Tuchê (1962)
– Essa tartaruga espadachim até poderia ser o quinto membro das
tartarugas ninjas. Já que, com apenas uma espada, conseguia combater
dragões, polvos gigantes e, acredite, lutava até contra raios. Encarava
todos esses desafios acompanhada de seu amigo, o cão Dumdum.
A Formiga Atômica (1965)
– Morando em seu laboratório secreto que fica escondido bem abaixo de
seu formigueiro, essa formiga, dotada de uma incrível força, estava
sempre pronta para combater qualquer tipo de vilão. Por meio de suas
anteninhas, ela recebia um sinal enviado de qualquer lugar. Ao receber o
aviso que o perigo estava rondando, ela dava o seu grito de guerra “La vai a Triônica, a Formiga Atômica!” e saia
voando de seu esconderijo. Esse mini herói já enfrentou todo o tipo de
criminoso, macacos gigantes e bloqueou tiros com suas próprias
mãozinhas.
Dinamite, o Bionicão (1976)
– Quase que uma “versão animal” do Inspetor Bugiganga, esse cachorro
robô cheio de apetrechos e seu parceiro, o Falcão Azul, eram os heróis
de Cidadópolis. Ao receber um “falcosinal”, o cheio da grana, Sr. Crow,
colocava a sua roupa e transformava – se em Falcão Azul. A dupla voava
dentro do Falcomóvel e ia até o Falcoesconderijo (qualquer semelhança
com um herói da DC é mera coincidência). Completamente atrapalhado, o
Bionicão sempre dava um jeito de deter os vilões. Seus principais
inimigos eram o Cara de Peixe, O Minhoca e A Rainha Vespa.
A
segunda parte dos heróis da Hanna Barbera é ambientada em um mundo meio
pré – histórico. Onde os personagens usam escudos, armas e roupas dos
homens das cavernas e também, em algumas situações, super poderes.
Jana das Selvas (1978)
– Após estar passeando de barco junto com seu pai, eles sofrem um
naufrágio. Jana sobrevive, mas seu pai some. A jovem então começa a
viver na selva. Ela é criada e treinada pelo Chefe indígena Montaro e
inicia a busca pelo seu pai.
Migthor (1967)
– Em uma época completamente pré – histórica, com homens da caverna e
dinossauros, surge Migthor. Na verdade, ele é o jovem Tor que, junto com
seu fiel companheiro Tog (um pequeno dinossauro), salvaram um velho de
ser atacado por um tiranossauro Rex. Em troca dessa ajuda, ele recebe
uma clava que o faz transformar – se em um grande guerreiro, o Poderoso
Migthor. A arma mágica ainda faz com que Tog vire um forte dragão.
Curiosidade:
Para Tor transformar – se no herói, ele ergue a clava com uma de suas
mãos e grita “Migthor”. Alguns anos depois, surgiu He – Mann. E,
praticamente com o mesmo movimento, levantava sua espada e bradava o seu
grito de guerra: “Pelos Poderes de Grayskull”. O herói de Etérnia ainda transformava o seu tigre, Pacato, no valente Gato Guerreiro.
Dino Boy (1966)
– Misturando duas épocas completamente distintas, conhecemos a história
de Dino e Ugh. Após pular de um avião em chamas, o garoto Dino cai no
misterioso “Vale Perdido”. Ao ser atacado por um tigre dentes de sabre,
ele é salvo pelo homem das cavernas Ugh. E, desde então, inicia – se a
amizade dos dois. Juntos, enfrentam todos os tipos de perigos:
caçadores, formigas guerreiras e, claro, dinossauros.
Os Herculóides (1967)
– O mundo é outro, mas o cenário “pré – histórico” continua o mesmo.
“Os Herculóides” é uma família que vive em um planeta distante e lutam
para defender o seu lar dos invasores, principalmente de seus principais
inimigos: Zarko e Mekkir. Zandor é o chefe da família, um típico
guerreiro que está sempre pronto para ajudar a todos. Ainda há Zara, sua
mulher, e Dorno, seu filho. Juntam – se a eles os “mascotes”: Zok, o
dragão que solta raios; Igoo, o poderoso gigante de pedra; Thundro, o
rinoceronte que solta tiros pelo seu chifre e Glup e Glip, uma dupla de
criaturas estranhas que podem adquirir qualquer forma (muitas vezes
transformando – se em camas elásticas e cordas para ajudar seus amigos).
O
desenho “Os Sábados Secretos” é inspirado em Os Herculóides. A premissa
é quase a mesma da série dos anos 1960: uma família formada por pai,
mãe e filho (Solomon, Drica e Zak Sábado) que tem o dever de proteger o
mundo dos inimigos. Seu principal arqui – rival é o vilão V.V.Agrost. Os
Sábados também tem alguns mascotes: Kogato, um gigante meio yeti;
Komodo, um dragão de komodo que pode ficar invisível e Zon, uma espécie
de pterossauro que já deveria estar extinta.
Enfim, os super heróis, os super poderosos, com seus mais diversos tipos de poderes.
Galaxy Trio (1967)
– O trio (como o próprio título já informa) é formado por Homem Vapor,
com habilidade para se transformar em qualquer forma de gás; Mulher Flutuadora consegue controlar a gravidade ao seu redor, criando escudos ou arremessando coisas contra inimigos
e Homem Meteoro, que tem a incrível habilidade de aumentar o seu
tamanho e sua força sempre que necessário. Os heróis viajavam no espaço a
bordo da nave Condor I combatendo vilões intergalácticos.
Homem Pássaro (1967)
– Sempre destinado a ajudar as pessoas, o Homem Pássaro, junto com o
Vingador, um valente falcão, estavam sempre prontos para salvar o mundo.
Em sua base secreta, no meio das montanhas rochosas, o herói saia para
suas aventuras sempre que houvesse um chamado do Falcão 7 (um homem com
um tapa olho, muito parecido com uma versão bem velha de Nick Fury).
Porém, Homem Pássaro tinha um ponto fraco:
não podia ficar muito tempo longe do sol porque enfraquecia. Ao
precisar salvar alguém ou deter alguns vilões, ele voava em direção ao
astro rei para recarregar suas forças e usava a energia solar que saia
de suas mãos para combater os inimigos e, também, para ajudar as
pessoas.
Os Impossíveis (1966)
– Quase toda a criança quer ser um super herói. Na adolescência esse
desejo muda (ou não) e o sonho passa a ser de tocar em uma banda. Pois
bem, esse trio era tudo isso! Eles eram os músicos famosos de uma banda
cujo nome era “Os Impossíveis” e quando o dever chamava transformavam –
se em super heróis. O Homem Fluido podia virar qualquer tipo de liquido,
enquanto que o Homem Mola tinha molas ao invés de pernas e poderia dar
longos saltos. Já o principal membro da banda, o Multi Homem, conseguia
multiplicar – se em vários homens.
Space Ghost (1966)
– Provavelmente ele é um dos personagens mais famosos da Hanna Barbera.
O herói tinha a capacidade de voar, ficar invisível e ainda possuía
super força. Além de ter, em cada pulso, um par de braceletes cheio de
botões que faziam com que ele soltasse raios de energia para se defender
ou atacar os inimigos. Em sua base de comunicação, localizada no Ghost
Planet, Space Ghost tinha os mais diversos computadores super avançados a
sua disposição. A bordo de sua nave “Cruzador Fantasma”, ele ainda
contava com a companhia de Jan e Jayce e o macaco Blip (muito parecidos
com os Super Gêmeos da DC). Juntos, estão sempre prontos para deter os
planos de seu arqui – inimigo Zorak (o vilão era uma espécie de louva deus gigante).
Ao
todo, a série animada teve duas temporadas que foi transmitida entre
1966 e 1968. Porém, em 1981, a animação voltou com novos episódios em um
segmento de “Space Stars”. A nova remessa de episódios durou até 1982 e
teve um total de 22 capítulos. Em 1994, Space Ghost retornou no Cartoon
Network em um talk show chamado “Space Ghost – De Costa a Costa”. O
programa, que não tinha nada a ver com o desenho original, era
humorístico e parodiava os talks shows da TV americana. O herói tinha o
inimigo Zorak como seu assistente.
Space
Ghost ainda teve várias versões nos quadrinhos. A maioria das histórias
com uma única edição: Space Ghost (Gold Key Comics, 1967), Hanna
Barbera Super TV Heroes (Gold Key Comics, edições 3, 6 e 7 de 1968),
Golden Comics Digest (Gold Key Comics, 1969), Hanna Barbera TV Stars
(Marvel, 1978), Space Ghost (Comico Comics, 1987) e Archie Comics
(1997). Além da edição de 1969, a DC também publicou mais uma história
do herói. Em 2004, a editora lançou, em seis volumes, a minissérie que
contava a origem do personagem, que até então não havia sido contada em
lugar algum.
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