Eu gosto da Marvel Comics, entre tantos motivos, principalmente por ser a casa do meu super-herói favorito! Mas hey, isso sou apenas eu, correto? E você pode ter tantos motivos quanto quiser para amá-la ou odiá-la. O fato é que você precisa encarar certos fatores se quiser acompanhar a editora de maneira intrínseca, afinal, não há como escapar!
No meio de tantos heróis, o Homem-Aranha é o mais odiado em Nova York
Como alguém pode odiar o Homem-Aranha?
Esse ser fofo, lindo, carismático e o melhor herói de todos. Mas enfim,
no começo tudo isso parecia ser bem justificável, o ódio pelo vigilante
desconhecido propagado principalmente pelo querido editor-chefe do Clarim Diário J.J.
Jameson. Mas atualmente? Qualquer dúvida é justificável, afinal, o
Homem-Aranha realizou feitos suficientes para provar sua inocência de
qualquer acusação contra a sua pessoa. Claro que existem épocas em que o
ódio ao herói é compreensível, como no Superior Homem-Aranha ou
quando Norman arma para ele parecer ser um assassino, mas odiar o
Homem-Aranha apenas por ele ser um vigilante mascarado em uma cidade
onde existem centenas deles – a maioria sendo bem aceita – é um tanto
quanto batido.
Mutantes são uma espécie de tabu entre os humanos
E por mais que o tempo passe e seus
personagens favoritos sofram, isso não parece que vai mudar. Pelos
motivos em que o mundo pós-contemporâneo em que vivemos ainda é cercado
de preconceitos, é até compreensível o medo dos humanos por uma raça que
– sim – é superior, mas nada justifica o ódio. O debate do ódio contra
os mutantes ganhou força recentemente na revista Uncanny Avengers, onde Alex Summers, irmão mais novo do Ciclopse – este atual líder de uma revolução mutante -, veio a público dizer que abomina a palabra que começa com m, o que gerou uma espécie de revolta entre os fãs, já que foi como se Summers estivesse negando a si próprio.
O tempo é relativo, até entre os heróis.
O tempo é uma coisa divertida da Marvel,
muitos heróis estão por aí há meio século e pouco envelheceram; sem
contar as origens que são recontadas no mesmo universo para se adaptarem
aos dias atuais sem nenhuma espécie de reboot, como o Justiceiro que
era um veterano da Guerra do Vietnã e recentemente foi falado que na
verdade era a Guerra do Golfo, ou o Homem de Ferro que também teve sua
origem recontada. As coisas ficam mais complicadas ao comparar uma linha
cronológia com a outra, Peter Parker por exemplo foi picado pela Aranha
quando tinha 15 anos, nos 52 anos em que o personagem existe, ele
envelheceu apenas 13, tendo 28 anos atualmente. Tony Stark existe há 50
anos, os X-Men também, e na cronologia deles se passou menos ou mais
tempo do que os 13 anos que passou para Peter. Recentemente Stark
revelou que ainda está na casa dos 30, Ciclope já deve estar chegando
nos 40, e ele era um adolescente de 14/15 anos quando entrou nos X-Men e
Tony Stark já era um Vingador e adulto formado.
Se você for realmente tentar achar alguma coesão temporal na Marvel, seu cerebro provavelmente vai explodir.
Crossovers e mais crossovers, é o fim da identidade de cada título
Encontros entre super heróis é algo comum desde o surgimento destes do jeito que conhecemos, mas foi em Guerras Secretas que
essa prática se firmou e desde então temos grandes eventos e encontros
entre super heróis de forma tão rotineira – principalmente nos últimos
10 anos – que se tornou uma prática ordinária. Isso pode ser bom e isso
pode ser ruim, mas a grande desvantagem é que se você estiver disposto a
acompanhar um herói assiduamente, terá que ceder e ler a participação
dele em inúmeras outras revistas de outros heróis e eventos que a
princípio não te interessariam.
Pode ser um fardo ou você pode descobrir uma nova leitura… depende de você.
Stan Lee é a cara da Marvel, ele é creditado até pelo que não fez
O que isso significa? Se você é um
leitor assíduo de quadrinhos certamente sabe da importância imensa que
esse velhinho teve para as histórias e a construção do Universo Marvel
do modo que conhecemos hoje, e você provavelmente também sabe que ele
não foi o único e conhece nomes como o de Jack “O Rei” Kirby e Steve
Ditko. Mas não é todo mundo que sabe disso, e você certamente vai ouvir
coisas do genêro “Stan Lee é o criador da Marvel” ou “Stan Lee criou o
Capitão America”. É estressante, dá vontade de corrigir sempre que isso é
dito mas se trata de uma guerra perdida. Acostume-se, e lembre-se: você
não precisa diminuir a importância de Lee afim de dar os créditos para
outros que também merecem.
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