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Ultimamente, é incrivelmente fácil tropeçar em livros de magia e fantasia nas livrarias. Por isso, aqueles que são inovadores e originais geralmente são os que ganham espaço entre o público. É o caso de Bruxos e Bruxas (Ed. Novo Conceito, 288 pgs., R$ 29,90)? Não. Isso é ruim? De forma alguma!
O caso é que s autores James Petterson e Gabrielle Charbonnet conseguiram escrever uma história previsível até certo ponto, cheia de clichês correspondentes ao tema e, mesmo assim, fazem você adorar a trama e não conseguir para de lê-la.
Bruxos e Bruxas narra a jornada dos irmãos Whit e Wity, que descobrem que têm poderes especiais, o que os coloca em perigo. Eles devem partir em uma jornada para aprender a usar tais poderes e salvar o mundo das garras de um governo de ditadura intitulado Nova Ordem, comandado por um bruxo careca (ora, soa familiar?).
A “N.O.” (sigla para “Nova Ordem” que também tem o sentido de “não” em inglês) é como uma crítica à Igreja Católica na época da Inquisição, quando qualquer coisa era motivo para alguém ser condenado à morte por bruxaria. Esse governo regula tudo que é lido, ouvido e visto, o que nos faz de embarcar em um mar de referências, que vão desde Percy Jackson a Raul Seixas (não, você não leu errado!).
A história se desenvolve em capítulos curtos que te fazem evocar o “vou ler só mais um…” com enorme frequência e causam uma leitura frenética, sem pausas. O livro possui um senso de humor muito presente, inclusive em cenas de tensão e suspense, que aliviam e divertem.
Portanto, se você procura um livro no estilo clássico de mundos mágicos e feitiços, se adora caçar referências e easter eggs ou se apenas quer uma leitura leve e descompromissada, Bruxos e Bruxas é o que há de mais… quente no momento.
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